O governo Geisel foi um dos períodos mais conturbados da história política do Brasil. Durante esse período, o país passava por um contexto de grande instabilidade econômica e social, o que levou o Governo Militar a adotar medidas de repressão e controle da sociedade.
Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil em 1974, sucedendo a ditadura do general Médici. O cenário político era marcado por protestos e resistência à ditadura, o que levou o governo a adotar uma política de repressão aos movimentos sociais e opositores políticos. Nesse contexto, Geisel adotou uma postura mais moderada em relação aos seus antecessores, buscando conciliar interesses e tentando implementar reformas políticas e econômicas.
Uma das principais medidas do governo Geisel foi o chamado “milagre econômico”, que consistiu em um plano de desenvolvimento econômico que visava aumentar a produção industrial e modernizar a infraestrutura do país. Apesar dos avanços no campo econômico, o governo Geisel também foi marcado por casos de corrupção e repressão política, como o caso da morte do jornalista Vladimir Herzog, que foi brutalmente torturado e assassinado pelos agentes do regime militar.
Além disso, o governo Geisel também foi marcado pela intensificação da censura e da perseguição aos opositores políticos, o que gerou muita polêmica e críticas por parte da sociedade brasileira e da comunidade internacional. Apesar disso, Ernesto Geisel foi o responsável pela abertura política que culminou na redemocratização do Brasil com a eleição de Tancredo Neves em 1985.
Em resumo, o governo Geisel foi um período marcado por contradições e controvérsias, em que o desenvolvimento econômico se sobrepôs às violações dos direitos humanos e às práticas autoritárias do regime militar. Ernesto Geisel deixou um legado controverso na história do Brasil, sendo lembrado tanto por suas realizações econômicas quanto pelos excessos e abusos cometidos durante seu governo.